sábado, 5 de junho de 2010

O que é que ocorre com os nosso professores?

Durante esta semana dois fatos me levaram a uma velha reflexão. Trata-se das críticas que o governo militar brasileiro recebe dos nossos atuais formadores de opinião (professores, políticos, etc.).


O primeiro fato foi uma mensagem relatando os feitos realizados pelo governo militar e comparando-os aos feitos pelos governos civis nos anos seguintes. O segundo acontecimento ocorreu quando eu estava cortando meu cabelo ontem com o Sr. Augusto, meu barbeiro.
O Sr. Augusto é português e veio para o Brasil, segundo ele, em 1961, durante o governo do ditador António de Oliveira Salazar, fugindo do alistamento militar, uma vez que, na época, o ditador enviava tropas portuguesas freqüentemente para a África para impedir os movimentos de independência.

Quando eu lhe perguntei o que ele pensava da ditadura militar, já que a mesma ocorreu apenas três anos depois dele ter chegado, o Sr. Augusto deu uma risadinha sarcástica e disse: “vocês não sabem o que é ditadura.”
Eu cresci tendo aulas de geografia e de história onde, quando se falava da revolução militar, víamos sempre um cenário onde a população era massacrada, torturada e morta. Onde as famílias viviam com medo de passear nos parques, onde as mães não deixavam seus filhos brincar nas ruas, pois, todos tinham medo dos militares.
A ditadura acabou em 1985 e eu nasci em 1983, logo, não vivenciei a ditadura, o que não me impede de analisá-la de uma forma imparcial.


Imparcial, pois meu pai era da marinha e meu irmão é do exército, e afirmo que isto não influencia nas análises do que ocorreu entre 1964 e 1985.

De fato a tortura não deve ser aplicada em nenhuma circunstância por um governo instituído. É verdade, também, que o governo é o único que possui, segundo o constitucionalismo, o direito de usar a força. Porém, a própria constituição deve conter normas que limitem o uso da força pelo estado. Além, disso vou usar as palavras do filme Tróia, onde o rei Príamo vai buscar o cadáver do seu filho, Heitor, e diz para Aquiles “...mas até entre inimigos deve haver respeito”.

Por outro lado, não vejo justificativa para que as pessoas que buscavam o fim do governo militar usassem métodos terroristas para isto. Seqüestros, assaltos a bancos e outros.

Se é verdade que houve terroristas que foram torturados e mortos, é verdade também que militares perderam a vida. Lembro-me da história que meu pai me conta que um fusca passou na frente do quartel da marinha no primeiro distrito naval no Rio de Janeiro e atirou contra um soldado e o matou.

Sendo assim, deixo aqui a minha opinião. Não se deve rever a lei da anistia, pois, se por um lado seria necessário julgar militares torturadores, por outro, não seria justo não julgar os terroristas.

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